A Rede Fala Favela surge da necessidade de criação de um espaço onde a juventude da periferia possa intensificar e propagar sua produção artístico-cultural, ao mesmo tempo que tenham sua imagem e história respeitadas. O formato inicial (Programa Fala Favela), foi executado nos anos de 1990 com o objetivo de ampliar e garantir o acesso aos meios de comunicação, produção e formação cultural dos moradores da Favela. Ao longo de mais de uma década foram desenvolvidas diversas atividades nas periferias de Fortaleza por meio do Programa. É o caso da TV Cultura de Rua, da instalação dos pontos de cultura, realização de palestras e seminários, intercâmbios, produção de discos, e oficinas de formação que contribuíram para a inserção de dezenas de jovens no mercado de trabalho. Em 2016 o Fala Favela retomou suas ações, mas os jovens decidiram que a atuação seria em Rede. Partindo da perspectiva de agregar novos jovens e tecer parcerias com outros grupos ou instituições. A aclamação do novo formato veio com a realização do Seminário Juntos Somos Um, que reuniu mais de 80 jovens no Cuca Jangurussu - Fortaleza para a consolidação da Rede que passou a ampliar suas ações nos bairros da capital cearense. São objetivos da Rede Fala Favela: - Possibilitar o resgate da cultura local em contraposição aos modelos impostos nos meios de comunicação comercial; - Ampliar e garantir o acesso aos meios de comunicação, produção e formação cultural dos moradores da favela através de parcerias com organizações sociais locais; - Oferecer oportunidades e inclusão social e cultural aos jovens, visando a melhoria das condições de vida da população; - Propiciar fácil acesso às diversas manifestações artísticas e culturais regionais e universais, favorecendo a descoberta de novas vocações, bem como o aperfeiçoamento técnico que propicie a formação de novos artistas e consequentemente novas opções de emprego; - Incentivar diversas atividades no sentido de criar os espaços devidos onde os jovens façam o que sabem e mostrem o que fazem; - Promover incentivo à cultura, tanto por meio dos órgãos governamentais nas esferas municipais, estaduais e federal, quanto através de parcerias com organizações não governamentais; - Ser dinâmico, lúdico e interativo como estratégia para atrair um público que historicamente sofre apartação social, sendo, portanto, excluído do acesso ao patrimônio artístico e cultural da cidade, visando a difusão e a consequente valorização das características culturais.